quarta-feira, 30 de junho de 2010

Nossa relação

Desejo do pecado


Corpos

Velando-te

“Dedico a Sandro Mobili questa poesia,
la prima di molte altre in suo omaggio.”

Velo o teu sono como a morte vela um defunto.
Observo por toda noite a inocência do sono dos justos
Que reflete no teu semblante.

Ver as curvas do teu corpo,
O contorno dos seus músculos,
A tua masculinidade aflorar nos teus sonhos.

Sonhos estes que eu queria que estivesse a protagonizar.
E ser a causadora dos teus suspiros.
Tento te tocar, mas não consigo.

Pois o meu corpo treme por saber a existência do teu.
Queria te amar, mas sei que os meus afagos, carícias, desejos,
Não são mas o foco de teu desejo.

Por isso continuo a velar teu sono
E desejar o teu corpo dentro do meu,
Como a morte ao defunto.