quinta-feira, 1 de julho de 2010

Por mais


http://www.youtube.com/watch?v=dRmG1-nCxww&feature=player_embedded

Praça Barão do Rio Branco


Interiorano o compasso da cidade.
Velhas sentadas na porta a falar da vida alheia,
Crianças nas ruas a correr.
Carros, motos e muitas bicicletas.
De vez em quando uma carroça passa ligeira.
O carrinho do vendedor de camarão
Que passa exalando o aroma típico da terra.
O vendedor de camarão nos acorda exclamando estridente:
- Camarão aeô...
Logo em seguida o tempero verde...
Coentros miúdos, largos.
Favacas finas, grossas.
Kioios, alfaces...
O dendê suspenso na porta da venda.
A cocada preta na frasqueira de plástico.
O pão da Venda de Seu Dilson.
Com suas sandálias bicolores penduradas sobre o balcão de cimento,
Onde o encontro dos comerciários no final do experiente era certo.
A cachaça de Arnaldo Figueiredo, da Rua do Tamarineiro,
Brindada no copinho de cachaça.
O picolé de creme  de Zé Pinto.
“O zebrinha “ da EMARC.
Que conduzia os alunos para o estudo.
O jardim dos namorados e da garotada.
A casa do prefeito João Cardoso
Que na época de semana santa
Distribuía peixe e cocos
Para as mesas santas.
A tenda de Seu Durval.
Barbeiro talentoso 
e baloeiro  na época de São João.
Lembranças do cotidiano do Jardim de João Cardoso
Popularmente conhecido.
Mas prefiro o nome oficial.
Que todos os dias colocam-me saudosa
Por todas essas lembranças de outrora. 



Tua descrição


Doce como morango e açúcar
Teus beijos.

Cheiro amadeirado marcante
Teu perfume.

Macia como pura seda e firme como ferro
Tuas carícias.

Paralisante como o olho da ave de rapina
Teu olhar.

Garbo de corcel
Teu charme.

Face de Narciso
Tua beleza.

Quero ter-te,
Sentir-te de todas as formas.

Pois tua beleza transcende,
Teus encantos fascinam-me
E teu olhar me faz querer-te.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Nossa relação

Desejo do pecado


Corpos

Velando-te

“Dedico a Sandro Mobili questa poesia,
la prima di molte altre in suo omaggio.”

Velo o teu sono como a morte vela um defunto.
Observo por toda noite a inocência do sono dos justos
Que reflete no teu semblante.

Ver as curvas do teu corpo,
O contorno dos seus músculos,
A tua masculinidade aflorar nos teus sonhos.

Sonhos estes que eu queria que estivesse a protagonizar.
E ser a causadora dos teus suspiros.
Tento te tocar, mas não consigo.

Pois o meu corpo treme por saber a existência do teu.
Queria te amar, mas sei que os meus afagos, carícias, desejos,
Não são mas o foco de teu desejo.

Por isso continuo a velar teu sono
E desejar o teu corpo dentro do meu,
Como a morte ao defunto.