quinta-feira, 1 de julho de 2010

Praça Barão do Rio Branco


Interiorano o compasso da cidade.
Velhas sentadas na porta a falar da vida alheia,
Crianças nas ruas a correr.
Carros, motos e muitas bicicletas.
De vez em quando uma carroça passa ligeira.
O carrinho do vendedor de camarão
Que passa exalando o aroma típico da terra.
O vendedor de camarão nos acorda exclamando estridente:
- Camarão aeô...
Logo em seguida o tempero verde...
Coentros miúdos, largos.
Favacas finas, grossas.
Kioios, alfaces...
O dendê suspenso na porta da venda.
A cocada preta na frasqueira de plástico.
O pão da Venda de Seu Dilson.
Com suas sandálias bicolores penduradas sobre o balcão de cimento,
Onde o encontro dos comerciários no final do experiente era certo.
A cachaça de Arnaldo Figueiredo, da Rua do Tamarineiro,
Brindada no copinho de cachaça.
O picolé de creme  de Zé Pinto.
“O zebrinha “ da EMARC.
Que conduzia os alunos para o estudo.
O jardim dos namorados e da garotada.
A casa do prefeito João Cardoso
Que na época de semana santa
Distribuía peixe e cocos
Para as mesas santas.
A tenda de Seu Durval.
Barbeiro talentoso 
e baloeiro  na época de São João.
Lembranças do cotidiano do Jardim de João Cardoso
Popularmente conhecido.
Mas prefiro o nome oficial.
Que todos os dias colocam-me saudosa
Por todas essas lembranças de outrora. 



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